Emicida encerra ciclo histórico de AmarElo com “A Gira Final” em Porto Alegre, no Pepsi On Stage

Escrito em 01/04/2024
Fer Machado

“Foi um culto. O homem tava inspirado. Foi o melhor show que fui na vida”
“É de chorar do início ao fim, mas chorar de alegria”
“A sensação de que voltei ao meu lugar de morada é inexplicável”
“AmarElo desperta os melhores sentimentos em nós e nos dá esperança pra continuar”

As falas que abrem este texto são de fãs que compareceram a um dos shows de Emicida baseados no experimento social AmarElo. Basta uma rápida pesquisa na internet para encontrar uma enxurrada de comentários como estes, que se conectam por falar do espetáculo, sim, mas, sobretudo, por encontrarem comunhão, sentimento e pertencimento na experiência vivenciada. O trabalho lançado em 2019 (e eternizado em documentário da Netflix) teve as suas primeiras interpretações ao vivo no mesmo ano em que chegou ao mundo, porém precisaram ser abreviadas pela pandemia. De volta aos palcos, o repertório – um refúgio para muitos – ganhou dimensões imensuráveis. O espetáculo foi realizado 120 vezes, passou por 9 países e 55 cidades. E acabou se tornando uma espécie de culto para o público, tamanha a profundidade e intensidade da troca entre o artista e os seus fãs. Por isso, a despedida desta turnê não poderia ser como um corte seco. O cantor, compositor, rapper e pensador contemporâneo anuncia, então, AmarElo– A Gira Final, uma parceria da Laboratório Fantasma com a Live Nation Brasil que fará da experiência de AmarElo ao vivo algo ainda mais especial. A turnê, que é apresentada por Elo e tem Budweiser como cerveja oficial, passará por doze cidades, entre elas, Porto Alegre, com apresentação marcada para 6 de abril (sábado). Os ingressos podem ser adquiridos em até 3x sem juros e estão disponíveis online AQUI

A primeira música de AmarElo, “Principia”, abre os caminhos com o agogô – um instrumento do candomblé – regendo a sonoridade da faixa, além de incluir a participação das Pastoras do Rosário e do Pastor Henrique Vieira. “Ela tem uma coisa especial de sincretismo, que é uma característica da negritude do Sudeste, principalmente de São Paulo”, afirma Emicida. Agora, para encerrar a jornada do trabalho, o artista também recorreu a referências ligadas à religiosidade.

Gira é o nome dado aos rituais coletivos de religiões de matrizes africanas, nos quais são praticados cantos, danças e rezas que estabelecem um momento de conexão com as entidades espirituais. Daí, surgiu o nome da tour: AmarElo – A Gira Final. “Por todos os lugares do mundo que passamos com esse espetáculo, as pessoas alcançaram um tipo de transcendência muito bonita. Eu me emocionei em todos eles. Componho sonhando com coisas que eu gostaria de ver no mundo e, quando essa sinergia acontece, sinto que as pessoas me dizem que querem ser parte deste sonho também. E são mesmo”, compartilha Emicida.

Ao longo da turnê AmarElo – A Gira Final, a experiência de AmarElo será potencializada por elementos visuais (como uma cenografia imersiva), participações especiais, entre outras surpresas. Músicas como a faixa-título, “Ismália” e “Ordem Natural das Coisas” estarão contempladas no repertório, assim como faixas que marcaram a carreira de Emicida. As duas apresentações em Belo Horizonte, que deram início à turnê, tiveram seus ingressos esgotados.

O experimento social AmarElo é composto por frentes diversas, que, juntas, resultam no trabalho mais premiado do rap brasileiro (o álbum ganhou o Grammy Latino em 2020 e o documentário foi indicado ao Emmy Internacional). A Gira Final é o último capítulo deste projeto que é também um estado de espírito. “Às vezes, tudo o que temos é a fé. E ela acaba sendo a nossa arma para enfrentar tempos tão duros. Talvez por isso as pessoas transformem os nossos shows nessa espécie de culto. Essas serão as últimas oportunidades para presenciar isso ao vivo”, ele complementa.

Fonte:

TROVOA COMUNICAÇÃO