No dia 7 de abril se comemora o Dia do Jornalista, data que ressalta o trabalho dos profissionais de imprensa. São eles os responsáveis pela apuração das notícias, produção de informações inéditas em todos os âmbitos — e para todos os públicos.
A data também é uma conscientização para as centenas de jornalistas que já foram censurados violentados, abusados e mortos durante o exercício de sua profissão. Só em 2022, segundo Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), 67 profissionais foram assassinados, sendo 41 deles por motivos diretamente ligados a seus trabalhos. Do total de homicídios, 15 foram cometidos na Ucrânia, 13 no México e 7 no Haiti. Os demais foram divididos em outros países, como Colômbia, Chade, Israel, Palestina, Myanmar, Brasil, Turquia e Estados Unidos.
Embora o Dia do Jornalista seja um lembrete diário do esforço de cobertura de mídia por parte dos profissionais de imprensa, a data oficial só foi criada em 1931.
Na época, a criação de um dia dedicado aos profissionais dessa área foi uma decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que nasceu no dia 7 de abril de 1908 com o objetivo de assegurar o direito de legitimar a profissão de jornalista.
Além disso, a ABI votou na criação do dia para homenagear o médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, que foi morto por inimigos políticos em 1830.
Badaró era um dos comunicadores da época do Império do Brasil, ainda sob comando de D. Pedro I, e um forte opositor à monarquia. Ele criou o Observatório Constitucional, um jornal independente sobre assuntos políticos que frequentemente eram censurados ou encobertos pelo governo.
Em 1831, Badaró foi morto por suas denúncias e ideologia oposta ao governo imperialista da época.
Ser jornalista é ir além muitas vezes, é ter o cuidado máximo com a notícia e com os envolvidos, é trabalhar com respeito, ouvir todos os lados, agir de forma imparcial. No jornalismo para informar a população, a apuração dos fatos é fundamental. Mas também, muitas vezes, a sensibilidade e a humanidade fazem diferença.